sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

De volta a La Bohème


Sábado vou assistir, pela primeira vez, uma ópera no cinema! La Bohème de Puccini, é uma ópera Italiana bem popular, encenada pela primeira vez em 1896. Foi baseada na novela de Henri Muerger chamada "Cenas da vida de Boêmia". 

Já assisti diversas vezes essa ópera, tanto em DVD (na belíssima versão com Teresa Stratas e José Carreras) como no teatro. No final do ano passado, o Teatro Municipal apresentou uma versão empolgante desta obra. Também foi a primeira ópera que vi em um teatro de grande porte, o The Metropolitan Opera House de NY em 2006.

Essa experiência para mim parece hoje meio "nebulosa", com certeza estava muito emocionada! Tinha garantido o ingresso aqui do Brasil. Cheguei em NY pela primeira vez na vida, fui deixar as malas no dormitório (começava o intercâmbio), peguei a máquina fotográfica e já corri para a ópera. Nem sabia direito como funcionava o metrô, mas dei um jeito e cheguei lá. Por que comprei um ingresso no mesmo dia em que chegaria de viagem? Porque Rolando Villazón era Rodolfo (personagem principal), era minha oportunidade de vê-lo nesta temporada.


Peguei o ingresso, ufa! Deu certo! Fiquei horas esperando o horário da apresentação. Era dezembro, percebi que se ficasse na praça Lincoln Center esperando, iria congelar. Entrei no teatro e lá fiquei. Meu deus o que era aquele mundo? Observava...

Chegou a hora, e lá estava eu. Sentada em um camarote ao lado de pessoas mais velhas, executivos talvez? Acho que eu nem piscava. Anunciaram que Villazón não cantaria naquela noite, pelo menos foi isso que entendi, e que era o debut de Maija Kovalevska neste teatro. Tudo bem. Começou. Estava bem de frente ao palco e me lembro de ter uma sensação incrível, o que eu via parecia uma pintura, que mundo era esse? Quando ouvi o personagem Rodolfo, era a voz de Villazón, tinha certeza! E de fato, era. Foi uma brincadeira? Penso que sim.

Me lembro dos aplausos, das vozes que percorriam aquele enorme teatro e chegavam até mim com suavidade, nunca tinha vivido aquilo antes, a tensão pela nova cantora também pairava no ar. Ahn, que saudade!Passado é presente, futuro é presente e passado.

Imagem vocês, amanhã (no cinema) reviverei um pouco essa experiência, quando ouvir Villazón e Maija cantarem mais um vez a belíssima declaração de amor "O soave fanciulla".

Até mais.

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