As óperas compostas por Guiseppe Verdi (1813-1901) são extremamente populares e ainda hoje dominam os teatros do mundo inteiro.
La Traviata, Nabucco, Il Trovatore, Aida, Rigoletto, Don Carlo, Otello, Falstaff, Un Ballo in Maschera, Giovanna d´Arco, são algumas de muitas que encantaram e encantam o público! A música, os personagens, a história, o drama, o suspense são ingredientes que juntos criam uma experiência incrível!!
O Italiano Verdi teve uma origem humilde, foi rejeitado pelo conservatório de Milão, mas seu amigo Bartolomeo Merelli, produtor da casa de óperas mais famosa do mundo - La Scala de Milão - insistiu para que o compositor escrevesse uma ópera. Foi com Nabucco, em 1842, que o compositor se consagrou, e a música "Va, pensiero" se tornou o hino (não oficial) dos italianos.
Verdi usou grandes romances para compor suas óperas, como a peça "O rei se diverte" de Victor Hugo que se transformou na ópera Rigoletto, e a peça de Alexandre Dumas, "A dama das camélias" que deu origem a La Traviata. Grande parte de seu sucesso veio da genialidade em transmitir as mais diversas e intensas emoções humanas através de gloriosas músicas!
Sobre a história detalhada do compositor, recomendo a MARAVILHOSA minissérie Guiseppe Verdi - sua vida e obra, com 10 horas de duração, reconstitui toda sua vida, apresentando suas obras e também cidades por onde passou, como Itália, Londres, Paris e São Petesburgo. Você encontra em diversas lojas, como fnac, saraiva, em locadoras, como 2001, assim como outras lojas na internet.
1) Comemoramos esta semana o aniversário de Renata Scotto, soprano italiana de grande sucesso, com diversas gravações em CDs e DVDs. Hoje ela atua como diretora de óperas e também professora de canto, em duas importantes escolas, a Academia Nacional de Santa Cecília em Roma e na Juilliard em NY. Bravo!!
2)A programação do Theatro São Pedro também está disponível no site. Confesso que não conheço as obras do repertório, parecem modernas e diferentes, o que não deixa de ser interessante! Algumas serão cantadas pelos integrantes da Academia de Ópera Theatro São Pedro.
3) Para quem ficará em São Paulo neste carnaval, e está a fim de aprender mais sobre óperas, recomendo a palestra gratuita que o jornalista e professor Irineu Franco Perpétuo dará dia 01/03 às 17 horas no Salão Nobre do Theatro Municipal de São Paulo. Quem for me conta depois como foi!
Recentemente, Anna Netrebko, a queridinha do mundo operístico, lançou um novo CD com músicas de óperas de Giuseppe Verdi, como Macbeth, Don Carlo, Giovanna D´arco e Il Trovatore.
Este CD inaugura um novo momento de sua carreira, já que a cantora abandonou papéis considerados "leves", de mulheres mais jovens, partindo para novos repertórios, com uma voz diferente daquela do início de sua carreira, mais encorpada e "dark", eu diria.
Nesta interessante entrevista com a Sinfini Music, durante o Festival de Salzburg em 2013, ela comentou sobre a mudança de repertório, as dificuldades na gravação do CD, sua opinião a respeito da mudança de voz, seu amadurecimento, entre outras coisas. Vale a pena conferir.
Tanto a crítica quanto o público demonstraram aprovar a mudança! Em 29 de Novembro de 2013 em Berlim, ela estreou o papel de Leonora, da ópera Il Trovatore, em uma super produção, aclamada pela crítica, ao lado de Plácido Domingo e do maestro Daniel Barenboim.
Já que estamos "na onda" de Il Trovatore, aqui vai uma amostra da ópera na voz de Netrebko.
Estou preparando a história de Il Trovatore para colocar no blog. Será a primeira ópera do ano no Theatro Municipal de São Paulo e começa já dia 08 de Março!
Não é uma dessas óperas que eu tenho em CD, DVD e já vi e ouvi várias vezes. Acho que já assisti no teatro, há algum tempo, provavelmente em 2004 no próprio Theatro Municipal de SP. Fiquei empolgada quando fui pesquisar e descobri que Il Trovatore, composta por Giuseppe Verdi, é do mesmo período que Rigoletto e La Traviata. Essas três óperas foram responsáveis por consagrá-lo como o maior compositor italiano de óperas!
A história é longa....cheia de reviravoltas, é de fato surpreendente. Além de extremamente dramática. Estou ansiosa! Enquanto fazia minhas pesquisas fiquei feliz em descobrir que essa música (vídeo/1m10s), "O coro dos ciganos" faz parte dessa ópera. Quem nunca escutou essa melodia? Ahn, os maravilhosos coros de Verdi....
Tem tanto para conhecer nesse universo que me sinto uma iniciante, mesmo. Até mais.
1)Já estão a venda os ingressos para as óperas do Teatro Municipal de São Paulo.Sugiro comprar o quanto antes já que muitos ingressos foram vendidos. Eu escolhi apresentações no sábado, e não consegui ingressos muito bons, já estava tudo cheio (até o final do ano!). Acho que as apresentações que acontecem durante a semana devem estar mais vazias, quem puder, vale a pena! Assim como ano passado, os ingressos estão baratos!A primeira ópera desta temporada (2014) é Il Trovatore (Verdi).
2) Para quem vai viajar, especialmente para New York, não perca a nova temporada de óperas 2014/2015. Inclua na sua viagem uma experiência única no The Metropolitan Opera House, produções fantásticas com cantores internacionais! Vale muito a pena! O ingresso é mais caro do que pagamos aqui, mas vale cada centavo. Além das produções antigas e tradicionais, como Aida, Carmen, La Bohème, LaTraviata, Don Giovanni, novas produções também entram no repertório, como Le Nozze di Figaro, The Merry Widow e etc. Outros grandes teatros internacionais também devem anunciar novas temporadas.
3) Ailyn Pérez é uma cantora americana (com um nome bem latino) que descobri recentemente, e está cada vez mais presente nos principais palcos do mundo. Recentemente o blog Opera Britannia fez uma entrevista extensa e interessante, perguntando sobre sua história com a música, escolha de repertórios e etc.
Ontem fui pela primeira vez assistir uma ópera no cinema. Já tinha falado em posts anterioresque estava achando uma boa ideia, então resolvi experimentar.
Primeiro é importante dizer que NÃO é a mesma coisa que ver no teatro, a experiência é bem diferente e penso ser muito superior assistir ao vivo, no teatro, curtir o clima, a arquitetura, ouvir a orquestra ao vivo assim como os cantores e etc. Dessa forma, vá ao teatro!
AssistiLa Bohème, uma produção do Royal Opera House,gravado. Sobre os pontos negativos, a sala do cinema (Cinemark Iguatemi) era ruim, não era digital, a tela era pequena e teve muito trailer. Mas fora isso, a transmissão foi bem interessante, mostraram cenas dos bastidores, falaram sobre a história, tinha intervalo, era possível ver a interpretação dos cantores, os cenários, as roupas bem de perto, é como se estivéssemos ali com eles, muito legal!!
O que achei estranho é que assim como alguém que vai ao teatro, estamos sujeitos à mudança do elenco. Villazón, que cantaria Rodolfo, ficou doente no dia gravação e foi substituído. Mas, não estamos num teatro ao vivo, e eles bem que poderiam usar uma gravação com o elenco original, seria até um ponto a favor para assistir no cinema. Afinal de contas, querem criar uma atmosfera de teatro mas na realidade, essa experiência é bem diferente. É legal, porém, é outra coisa.
Sobre a mudança de elenco tive uma surpresa muito agradável, Villazón foi substituído por Dmytro Popov, cantor ucraniano, que me lembrou muito Mario Lanza, um cantor famoso das antigas! Belíssima voz, boa interpretação, fofo e carismático, amei!!
Outra coisa, quero comentar com vocês sobre o preço. Achei caro, pensando que para ver uma ópera hoje no municipal você pode pagar R$40,00 e o ingresso inteiro do cinema é, em torno de, R$60,00 para essas transmissões, de fato é caro. Mas assim como falei antes, é muito interessante ver uma produção internacional, que certamente (e infelizmente) na maioria dos aspectos, é superior a nossa.
Quero ir ao cinema mais uma vez, assistir uma transmissão ao vivo do MetOpera, em outra sala de cinema. Acho que deve ser ainda melhor!Vale a pena.
Ah!Comer pipoca durante a transmissão foi bem legal!
Amigos, artistas, Paris, romance, realidade, ciúmes, brigas, tuberculose e tragédia: La Bohème, ópera italiana de Giacomo Puccini (1858-1924) com libreto de Giuseppe Giacosa e Luigi Illica, baseado na novela de Henri Muerger, "Cenas da Vida de Bôemia". Sua estréia foi em 1896. Dividida em quatro atos.
O PRIMEIRO ATOse passa na casa dos amigos Rodolfo (poeta), Marcello (pintor), Colline (filósofo) e Schaunard (músico). O frio de Paris está castigando os amigos e todos que moram no bairro, eles não tem muito dinheiro, são artistas! Aos poucos todos os amigos vão entrando em cena, cantando a respeito da situação em que vivem. Seguem divertidos "diálogos" que misturam desespero e comédia. Até o senhorio, Benoit, aparece para cobrar o aluguel!Tempos difíceis. Quando conseguem se livrar deste senhor, Marcello, Colline e Schaunard resolvem sair, mas Rodolfo permanece, dizendo que precisa completar um artigo para o jornal. Eles vão embora deixando o frustrado poeta.
Silêncio. Alguém bate na porta e Rodolfo pergunta quem é. Entra Mimi na cena com sua vela apagada. Entra na casa e desmaia. Vagarosamente, volta a si, o poeta acende sua vela e ela vai embora. Mas, lembra que esqueceu as chaves de casa que devem ter caído quando ela desmaiou, e propositadamente apaga sua vela. Os dois procuram as chaves. Enquanto procuram suas mãos se encontram, Mimi dá uma exclamação de surpresa e então Rodolfo canta "Che gelida manina", contando sobre si, sobre quem ele é, o que faz. Depois é a vez de Mimi se apresentar, "Mi chiamano Mimi", timidamente conta de sua vida, que parece sem graça, a não ser quando surge a primavera, inundando sua vida de sol e perfume. De repente os gritos dos amigos de Rodolfo interrompem a "paquera", eles lhe chamam para sair.Em um belíssimo dueto,"O suave fanciulla", Rodolfo e Mimi declaram seu amor um pelo outro e resolvem sair para encontrar-se com todos no Café Momus.
O SEGUNDO ATO acontece em uma praça, no Café Momus. Vendedores, estudantes, crianças e pessoas do povo alegram a cena, os amigos vão se encontrando, enquanto Mimi orgulhosamente apresenta o chapéu novo que ganhou de Rodolfo. Quando todos estão sentados e Mimi já foi introduzida ao grupo, surge então Musetta, uma mulher atraente que já teve um relacionamento com Marcello. Surge aí o segundo casal da história. Neste momento ela vive com um admirador, chamado Alcindoro, velho e rico. Há evidentemente uma provocação entre os dois, e quando Musseta percebe que Marcello não lhe dá bola, Ela quebra seu prato no chão para chamar sua atenção e começa a famosa ária, "Quando me'n vo'soletta" . Ela canta sobre como é desejada por todos, é uma cena de grande sedução, que enlouquece Marcello. O ato termina em brilhante clímax! Vale a pena assistir ao vídeo.
No TERCEIRO ATO a tragédia já começa a dar as caras. Claramente já se passou um tempo desde da cena no Café. Em um clima novamente frio, escuro e sem vida, Mimi muito doente, com terríveis tosses, vai em busca de Marcello para pedir-lhe ajuda. O pintor vive com Musetta em uma taberna. Na sofrida ária, "O buon Marcello, aiuto!", Mimi conta desesperadamente para o amigo que Rodolfo é muito ciumento e que isso tornou a vida dos dois intolerável. Marcello sugere a separação definitiva, Mimi concorda e pede a ajuda para encerrar o relacionamento. Ela se esconde, pois Rodolfo (que estava na casa de Marcello) vai de encontro ao amigo. É sua vez de contar sobre a relação, Rodolfo diz que ela flerta com todos e que não aguenta mais a relação. Quando Marcello diz que ele deve falar a verdade, o poeta revela que ama Mimi, mas que ela está gravemente doente e que deve morrer logo, "a miséria liquidou aquela frágil flor". Mimi que escutou toda a conversa não consegue mais se esconder e tossindo aparece para Rodolfo, que vai de encontro a ela. Ao mesmo tempo Marcello escuta Musetta rindo dentro da taverna e volta para ver o que acontece. Mimi canta com enorme tristeza "Addio, senza rancor", despedindo-se do amado pede-lhe que reúna suas coisas, mas que ele deve ficar com seu chapéu como lembrança. Os dois se unem no dueto "Addio, o dolce svegliare" evidenciando uma inevitável separação. Marcello e Musetta surgem da taberna e juntam-se aos dois, formando-se um quarteto com "duas linhas melódicas de temperamentos contrastantes combinando-se em um efeito brilhante", "Solo l'inverno é cosa da morire". Ao final, Marcello cego de ciúmes por Musetta diz adeus a sua amada, já Mimi e Rodolfo decidem que vão esperar até a outra primavera antes de se separarem.
No QUARTO ATO o final se aproxima. Estamos na mesma casa do primeiro ato. Já se passou algum
tempo desde o terceiro ato. Marcello e Rodolfo tentam trabalhar, mas não
conseguem, só pensam em Musetta e Mimi. No dueto "Ah, Mimi, tu più non torni" eles expressam a dor em uma passagem comovente. Colline e Schaunard entram em seguida. Os amigos falam sobre várias coisas, e começam uma brincadeira. De repente surge Musetta aflita dizendo que trouxe Mimi mas que ela não aguentou subir as escadas. Todos correm para ajudá-la. Mimi e Rodolfo demonstram grande felicidade por estarem juntos novamente. O fim está próximo e Mimi tossindo muito conta que suas mãos estão geladas. Musetta pega seus brincos e pede a Marcello que os troque por remédio e algo para esquentar a mão da amiga. Ambos se reconciliam. Colline esta certo que deve vender seu único casaco para ajudar, em "Vecchia zimarra, senti" se despede com pesar. Todos saem de cena, deixando Mimi e Rodolfo juntos. Em "Sono andati" muita coisa é dita, o casal relembra dos momentos em que estavam juntos, retomando frases melódicas do primeiro ato. Então, todos retornam, e Mimi ganha algo para esquentar suas mãos, ela se mostra muito agradecida e diz que agora pode dormir. Musetta reza por Mimi. Schaunard percebe que Mimi morreu, sussurra comovido o fato para os outros, Rodolfo em desespero pergunta o que está errado, e quando percebe que o pior aconteceu, abraça Mimi e grita seu nome desesperadamente!
Sábado vou assistir, pela primeira vez, uma ópera no cinema! La Bohème de Puccini, é uma ópera Italiana bem popular, encenada pela primeira vez em 1896. Foi baseada na novela de Henri Muerger chamada "Cenas da vida de Boêmia".
Já assisti diversas vezes essa ópera, tanto em DVD (na belíssima versão com Teresa Stratas e José Carreras) como no teatro. No final do ano passado, o Teatro Municipal apresentou uma versão empolgante desta obra. Também foi a primeira ópera que vi em um teatro de grande porte, o The Metropolitan Opera House de NY em 2006.
Essa experiência para mim parece hoje meio "nebulosa", com certeza estava muito emocionada! Tinha garantido o ingresso aqui do Brasil. Cheguei em NY pela primeira vez na vida, fui deixar as malas no dormitório (começava o intercâmbio), peguei a máquina fotográfica e já corri para a ópera. Nem sabia direito como funcionava o metrô, mas dei um jeito e cheguei lá. Por que comprei um ingresso no mesmo dia em que chegaria de viagem? Porque Rolando Villazón era Rodolfo (personagem principal), era minha oportunidade de vê-lo nesta temporada.
Peguei o ingresso, ufa! Deu certo! Fiquei horas esperando o horário da apresentação. Era dezembro, percebi que se ficasse na praça Lincoln Center esperando, iria congelar. Entrei no teatro e lá fiquei. Meu deus o que era aquele mundo? Observava...
Chegou a hora, e lá estava eu. Sentada em um camarote ao lado de pessoas mais velhas, executivos talvez? Acho que eu nem piscava. Anunciaram que Villazón não cantaria naquela noite, pelo menos foi isso que entendi, e que era o debut de Maija Kovalevska neste teatro. Tudo bem. Começou. Estava bem de frente ao palco e me lembro de ter uma sensação incrível, o que eu via parecia uma pintura, que mundo era esse? Quando ouvi o personagem Rodolfo, era a voz de Villazón, tinha certeza! E de fato, era. Foi uma brincadeira? Penso que sim.
Me lembro dos aplausos, das vozes que percorriam aquele enorme teatro e chegavam até mim com suavidade, nunca tinha vivido aquilo antes, a tensão pela nova cantora também pairava no ar. Ahn, que saudade!Passado é presente, futuro é presente e passado.
Imagem vocês, amanhã (no cinema) reviverei um pouco essa experiência, quando ouvir Villazón e Maija cantarem mais um vez a belíssima declaração de amor "O soave fanciulla".
1) Nesta semana Anna Netrebko, uma das cantoras de óperas mais famosas do mundo, nos presenteou com uma apresentação nos jogos olímpicos de inverno de Sochi (Rússia). Atraindo a atenção mais uma vez para a beleza e potência de sua voz, agora um tanto mais "encorpada".
2) Neste mês também comemoramos o aniversário de RENATA TEBALDI. Nascida em 1/02/1922 na Itália é considerada uma das melhores sopranos de todos os tempos! Confesso que tinha um retrato dela no meu mural tamanha era minha admiração por sua voz! Já vi e revi esse vídeo diversas vezes, é INCRÍVEL!
3) Me deparei com um artigo interessantíssimo de Henriette Lazaridis Power para o HuffPost Arts & Culture, sobre sua paixão pela ópera. Vou comentar alguns trechos. Ela nos lembra de como escutar uma ópera inteira, e não só as árias mais famosas, é um experiência interessante e belíssima. Ela relata de forma delicada a sutileza de se ver capturo pela ópera, "quando a beleza de uma ópera te pega de surpresa e você é arrebatado por algo que não é capaz de explicar, a não ser dizer que é uma forma de emoção pura, capturada em um puro som" (tradução livre). Ressalta também que somente em um grande teatro de ópera é possível de fato apreciar a verdadeira grandiosidade dessa arte!! Vale a pena ler!
Sim...já fazem alguns anos que é possível acompanhar aqui no Brasil algumas produções de óperas internacionais diretamente no cinema! Eu nunca fui, mas conheço pessoas que foram e gostaram muito! Inclusive contaram que nos intervalos você acompanhava a movimentação dos cenários no palco, além de entrevistas com os cantores/produtores.
Algumas são transmitidas ao vivo e outras são gravadas. Aqui em São Paulo o Cinemark e o Kinoplex oferecem algumas opções.
As óperas são transmitidas diretamente do The Metropolitan Opera House, famosa casa de óperas de New York (EUA). Neste sábado haverá a transmissão AO VIVO da ópera russa chamada Rusalka, com a participação de Renée Fleming....aquela que cantou no SuperBowl americano. Além de outros cantores maravilhosos.
Óperas transmitidas do Royal Opera House (Londres/ UK), uma das mais importantes casa de ópera do mundo! Agora em fevereiro teremos La Bohéme, imperdível! Com ROLANDO VILLAZÓN no elenco e Maija Kovalevska!!(pirei um pouco agora confesso!Sabe porque? Já assisti ao vivo esses dois cantando essa mesma ópera no MetOpera em 2006, minha primeira experiência em um teatro desse porte, E era a estreia dessa cantora neste palco). Vou certeza! Apesar de já ter assistido milhares de vezes!
Este vídeo dá um gostinho da coisa....EMOCIONANTE!
Muitas vezes as pessoas têm uma ideia de que ópera é igual a cantores gorduchos que cantam alto e de um jeito engraçado, e ninguém entende o que está acontecendo.
Mas afinal, o que é uma ópera?
Talvez seja uma pergunta difícil de responder pela quantidade de possibilidades de respostas, no final das contas penso que cabe a cada um responder, do jeito que quiser a partir de sua própria experiência.
De qualquer forma, posso usar alguns livros para dizer técnica e pedagogicamente que é uma forma de arte, como uma peça de teatro, mas ao invés de falar suas falas os personagens cantam suas falas. Sim, para além da melodia a palavra importa, e muito! É como uma poesia transformada pela melodia em algo que vai além da fala sozinha ou da música sozinha, é na combinação que sai a mágica!
A história da ópera é longa e talvez em outro momento posso dar mais detalhes históricos. Confesso que conheço pouco.... mas assim como todas as formas de arte sei que passou (e passa) por transformações que a modificaram significativamente, e é sempre interessante compreender e identificar as diferenças. Em 2011 tive a oportunidade de assistir a uma ópera barroca, Rodelinda (Handel), e foi algo bem diferente das óperas mais atuais, como as compostas por Puccini, Verdi e etc. A ópera pode ser cantada em diversas línguas, as mais conhecidas são cantadas em Italiano, Francês, Alemão e Russo.
Ao assistir uma ópera você vai encontrar o seguinte formato: diversos músicos que compõe uma orquestra, geralmente eles ficam em baixo do palco, mas conseguimos ver! O maestro é o responsável por reger a orquestra e os cantores da ópera, ele tem um papel de destaque na produção e execução, quando entra no teatro todos aplaudem!
Os cantores, são cantores de ópera, já que existe uma formação erudita (diferente do popular) longa e trabalhosa. Eles devem dominar toda a técnica vocal necessária, diferentes línguas e etc. Vale ressaltar que cantam sem microfone no palco! Toda a voz é projetada permitindo a expansão do som e temos uma sensação maravilhosa ao escutar já que este som produzido nunca é alto demais e nem deve ser baixo! A técnica e uma certa formação óssea ajudam nessa etapa. Existem vários registros de voz também, mas vou deixar para um outro post. O Coral e Ballet também podem estar presentes!
Assistam essa versão divertida da famosa ária: Libiamo, ne'lieti calici. La Traviata (Verdi). Filmado no Festival de Salzburg (Áustria). Anna Netrebko (soprano) e Rolando Villazón (tenor) formam o par perfeito!
Pensei em postar algumas dicas dos meus links preferidos que vi e revi durante a semana!
1) O destaque vai paraRENÉE FLEMINGque deu um show no SuperBowl (final do futebol americano) neste domingo cantando o hino nacional americano! Vale a pena conferir! (youtube.com.br)
2) A reportagem do The New York Times sobre o assunto também é interessante!(artsbeat.blogs.nytimes.com)
3) Na segunda foto temos cantor mexicano Rolando Villazón, que apresenta um vídeo produzido pela BBC no qual o cantor explica, de uma forma muito interessante e cheia de exemplos, o que é ser um TENOR.(youtube.com.br)
4) Recentemente ANNA NETREBKO, cantora russa de grande popularidade na ópera, deu uma entrevista sobre a decoração de seu apartamento em New York, mostrando toda a sua excentricidade.(artsbeat.blogs.nytimes.com)
Assistir a uma ópera não é uma coisa simples, pelo menos para mim, se não me preparo sinto que não consigo aproveitar, fico entediada. As histórias geralmente são complexas, com vários personagens, a língua é outra e fica difícil entender o que está acontecendo (apesar de vários teatros oferecerem legenda) e só a música bonita não segura minha atenção por tanto tempo (umas três horas). Por isso, antes de assistir a uma ópera procuro me preparar, geralmente também passo minhas dicas para as pessoas que vão comigo, seja pela primeira vez ou não. Na verdade, toda vez que vou assistir sigo mais ou menos esses passos e acho que faz diferença!!
Aproveitando que a temporada de óperas vai começar, quero dividir minhas dicas com vocês. Vamos lá!!
1) Quando for comprar os ingressos (no post anterior vocês podem encontrar algumas dicas) pesquise as óperas que estão disponíveis para compra, tente dar uma lida breve na internet sobre a história de cada uma delas e dê preferência para uma ópera que você tenha vontade de ver, por exemplo alguma que você já ouviu falar e ficou com vontade de ver, ou a história te interessou, a música e etc. Pode mandar mensagem aqui também perguntando!
2) Antes de ir a ópera, tenha uma ideia da história em geral e identifique os personagens principais.Tenho alguns livros com essas informações, que até posso passar a dica depois, mas geralmente são livros em inglês, também uso a internet para pesquisar e encontro bastante coisa! Depois procure identificar as árias principais, ou seja, as "canções" mais famosas da ópera, nesses resumos da internet essas informações costumam estar presentes. Procure no youtube vídeos com as músicas, para ir se familiarizando com o estilo e a melodia.
3) No dia da ópera tente chegar pelo menos uma meia hora antes do horário do espetáculo, dessa forma é possível conhecer o teatro, pegar o programa* e ouvir a orquestra afinar (adoro essa parte!). Este vídeo gravei com a intenção de capturar esse momento - Teatro Municipal de SP dezembro/2013 - antes da ópera La Boheme.
*O programa explica a história da ópera, apresenta os cantores, fala sobre o compositor além de outras coisas. Essa foto mostra alguns programas nacionais/internacionais que colecionei ao longo desses anos.
4) Antes da ópera começar separe um tempo para ler no programa sobre o primeiro ato. A ópera é dividida em atos: podem ser 2,3,4 enfim, depende da produção e da divisão que o compositor estabeleceu. Eu gosto de ler sobre o ato em cada intervalo, antes de começar, se leio todos de uma vez acabo confundindo e esquecendo...Assim antes de começar leio o primeiro ato, no primeiro intervalo leio o segundo ato e no segundo intervalo leio a parte do terceiro ato.
5) MAS, se você tiver preguiça de seguir todas as dicas, acho indispensável para ter uma boa experiência seguir a quarta dica!!!